A Semana do Meio Ambiente, que ocorre em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente em 5 de junho, tem como proposta chamar a atenção e conscientizar a comunidade sobre a importância de preservar os diferentes tipos de ecossistemas. Durante a semana, são colocados em pauta temas que tratam do cuidado e prevenção do meio ambiente e dos recursos naturais do nosso planeta.

Hoje sabemos que a responsabilidade ambiental se tornou um diferencial para consumidores e empresas. Mais do que diferencial, vem se tornando uma obrigação junto às corporações. Pautas importantes como emissão de gases de efeito estufa, utilização de recursos hídricos e preservação da biodiversidade são cuidados que a Native, maior produtora de açúcar e álcool orgânicos do Brasil, tem em seu DNA.

Quando falamos sobre agricultura, sabemos que onde ela existe, existe também impacto ambiental. Afinal, a vegetação natural é suprimida para a instalação da produção agrícola. Entretanto, este impacto pode ser muito diferente entre as diversas técnicas de manejo utilizadas. Uma boa combinação dessas técnicas pode não apenas preservar o potencial produtivo da terra, mas inclusive recuperar e até mesmo promover o aumento da sua capacidade de suportar a produção agrícola.

Técnicas ambientais adequadas podem ser amigáveis ao meio ambiente, à medida em que os campos agrícolas se harmonizam com os remanescentes vegetais naturais, tornando-se uma extensão aos habitats faunísticos. A Agricultura Orgânica Regenerativa é um exemplo brilhante de relacionamento responsável com o meio ambiente, a cadeia produtiva e o consumidor. São fartos os modelos de recuperação da capacidade de gerar serviços ecossistêmicos dos solos quando submetidos a métodos agroecológicos adequados.

Seguindo os conceitos do sistema mencionado acima, a Agricultura Revitalizadora de Ecossistemas (ERA), modelo de produção orgânica em larga escala desenvolvido pela Native, entrega benefícios relevantes para os principais indicadores ambientais relativos à agricultura: água, atmosfera, biodiversidade e fertilidade do solo. Seus resultados positivos e altamente diferenciados tornaram este modelo referência internacional em sustentabilidade.

Mas como isso foi possível?

Como primeiro passo no processo de revitalização do ecossistema, a prática da queima da cultura da cana-de-açúcar foi totalmente eliminada. Foram cinco anos trabalhando junto a engenheiros para o desenvolvimento de uma colhedora com eficiência para colheita de cana de açúcar crua em altas produtividades, até então inexistente. Essa máquina colhe a parte industrializável da cana e deixa o residual da palha no campo para proteger e alimentar a bioestrutura ativa do solo.

A Usina São Francisco, detentora da marca Native, foi a primeira a eliminar as queimadas em toda sua área de produção e todos os veículos e maquinários que entram no campo foram adaptados com pneus de alta flutuação e esteiras, garantindo assim a integridade dos espaços porosos do solo e tornando este sistema de colheita uma operação de baixa compactação.

O residual da palha da cana-de-açúcar depositado pelas colhedeiras no solo, que outrora foi considerado descartável, hoje tem extrema importância neste modelo de produção. Além de servir como principal fonte de energia para alimentar a biota do solo - que por sua vez será a base da cadeia alimentar –, a camada formada pela palha da cana também protege o solo da incidência direta da luz do sol, reduzindo sua temperatura e atua de forma a controlar o surgimento de plantas espontâneas na lavoura.

Assim, os solos mortos e compactados de antes, hoje são cheios de vida, porosos, altamente férteis e resilientes. Capazes de manter altas e constantes produtividades, promover maior retenção e permeabilidade de água para os lençóis freáticos e suportar maior biodiversidade.

Falando em biodiversidade, hoje podem ser encontradas nas fazendas da Usina São Francisco mais de 340 espécies de vertebrados superiores – mais da metade do que pode ser visto nos parques estaduais do estado de São Paulo. Isso comprova que pode haver equilíbrio entre um sistema agrícola de larga escala e a biodiversidade local. Veja mais sobre a nossa biodiversidade clicando aqui.

Em virtude deste trabalho, a Native foi a primeira empresa de alimentos do mundo a receber a certificação de Sistema de Abastecimento Ético da UEBT, que é reconhecida internacionalmente pelo incentivo às boas práticas no fornecimento de ingredientes da biodiversidade para os setores de alimentos, cosméticos e farmacêuticos. Clique aqui e saiba mais.

A integração das técnicas agronômicas inspiradas pela Natureza, realizadas no sistema de produção da Native, resultou também em uma contribuição relevante aos recursos hídricos nas áreas agrícolas. A permanente cobertura do solo reduz a perda de água por evaporação, além de elevar as capacidades de retenção e de infiltração, pelo acúmulo de matéria orgânica e pela reconstituição de sua bioestrutura ativa.

A nossa taxa de infiltração hoje é seis vezes maior do que antes do nosso modelo ser implantado. Além disso, nossa capacidade de retenção de água, que era de 70 litros por m³, hoje é de 300 litros por m³, além de reter a água por mais tempo com uma qualidade superior à das matas.

Essa mudança na hidrologia das fazendas nos trouxe novos fluxos espontâneos, ou seja, nasceram córregos onde nunca tivemos antes. Foram plantadas milhões de árvores nativas em suas margens para proteção, reconstituindo as matas ciliares e criando ilhas de diversidade vegetal que hoje interagem com as áreas de cultivo. Saiba mais sobre os nossos recursos hídricos clicando aqui.

Por fim, a Native tem orgulho em afirmar que é uma empresa carbono neutro.

Desde 2006 é realizado periodicamente o inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE) da produção de cana, açúcar e álcool da Usina São Francisco, baseado no GHG Protocol, modelo internacional de quantificação das emissões. A avaliação considera desde a produção agrícola de cana e o consumo de insumos, a fase industrial da produção do açúcar e do álcool na usina, até o transporte, comercialização e consumo dos produtos, tanto no mercado interno quanto no externo.

Os valores observados e verificados para a Usina São Francisco são menores que os valores médios de emissão do setor no Brasil e isso é devido aos métodos orgânicos de produção. Com os resultados demonstrados nos inventários pudemos comprovar que, além de aumentar em mais de 20% nossa produtividade com a agricultura orgânica regenerativa, nós diminuímos em 35% a emissão de gases de efeito estufa. Verificamos também que, além das nossas compensações, no período de um ano nós desaparecemos com mais de 90 mil toneladas de carbono, ou seja, além de carbono neutro, somos um “sumidouro” deste elemento.

Recentemente o governo brasileiro ratificou o Acordo de Paris (COP21, de 2015) e consequentemente assumiu compromissos de longo prazo visando a descarbonização da economia. Uma das primeiras medidas nesse sentido foi o estabelecimento de um programa de incentivo à produção e consumo de biocombustíveis denominado Renovabio. Em 2020 a Usina São Francisco, assim como outras 219 usinas de açúcar e álcool e outros produtores de biocombustíveis, foi avaliada e certificada Renovabio com referência à produção do ano de 2018. Na prática, a avaliação consiste em um inventário de carbono simplificado, similar ao que praticamos desde 2006.

Durante o processo de avaliação, o produtor recebe uma nota inversamente proporcional à intensidade de carbono do biocombustível produzido (Nota de Eficiência Energético-Ambiental). Entre todas as 220 usinas certificadas que produzem etanol a partir da cana-de-açúcar, a Usina São Francisco recebeu a maior nota de eficiência energética (71,6).

É Simples Assim!

Todas as mudanças positivas que a Native conquistou ao longo do tempo, tanto na agricultura quanto no meio ambiente, levaram a um aumento muito significativo no grau de resiliência ambiental. Nosso modelo de produção capacita as plantas a resistirem melhor à incidência de pragas, doenças e adversidades climáticas.

Há trinta anos, quando iniciamos nossa busca por um sistema com maior grau de sustentabilidade agronômica, era impossível imaginar resultados tão surpreendentes. Hoje ainda estamos aprendendo, mas já podemos imaginar como os alimentos podem transformar e regenerar o relacionamento harmônico entre o homem e a Terra.

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