
Desde 2006 a Native realiza periodicamente o inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE) da produção orgânica regenerativa de cana, açúcar e álcool da Usina São Francisco (UFRA), baseado no GHG Protocol, modelo internacional de quantificação das emissões. A avaliação considerou desde a produção agrícola de cana e o consumo de insumos, a fase industrial da produção do açúcar e do álcool na Usina, até o transporte, comercialização e consumo dos produtos, tanto no mercado interno quanto externo. Trata-se de uma abordagem denominada Análise de Ciclo de Vida, popularmente conhecida por contabilizar as emissões do processo "do berço ao túmulo".
Os valores verificados para a UFRA são menores que os valores médios de emissão do setor, devido aos métodos orgânicos de produção. Quando comparados à produção realizada na Europa ou Japão, a partir da beterraba, ou dos EUA, a partir do milho e da beterraba, as vantagens são ainda maiores. Isso ocorre porque se trata de métodos produtivos que utilizam energia proveniente da queima de combustíveis fósseis, enquanto, na UFRA, a energia provém da queima do bagaço da cana.

Consumo de energia fóssil e emissões de GEE na produção dos diferentes produtos da usina.
Produto |
Consumo de energia fóssil (MJ/t ou m³) |
Emissões (Kg CO2/t ou m³) |
Emissões líquidas ª (Kg CO2/t ou m³) |
---|---|---|---|
Cana processada | 164,5 | 35,19 | 31,97 |
Açúcar Brasil | 1.143,4 | 244,54 | 222,14 |
Açúcar EUA (leste) | 3.597,3 | 454,87 | 432,47 |
Açúcar EUA (oeste) | 4.497,3 | 533,39 | 511,0 |
Açúcar UE | 3.657,3 | 460,10 | 437,71 |
Açúcar Japão | 5.917,3 | 657,29 | 634,89 |
Álcool | 1.896,7 | 405,64 | 368,49 |
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