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Biodiversidade

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Bico-de-lacre
Estrilda astrild | Linnaeus, 1758

Caracterização: Espécie de pequeno porte, com cerca de 10,7 cm de comprimento. Possui bico e máscara encarnados e cauda relativamente longa e larga. Os jovens têm bico negro.

Distribuição: Originário da África, o bico-de-lacre foi trazido para o Brasil em navios negreiros para servir como pássaro de estimação, durante o reinado de D. Pedro I. Tendo escapado das gaiolas, inicialmente no Rio de Janeiro, espalhou-se por diversas regiões brasileiras, estando presente atualmente também no Espírito Santo, Bahia, Pernambuco (Recife), Pará (Belém), Amazonas (Manaus), Mato Grosso, Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais, Paraná (Londrina), Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

Habitat: Campos e terrenos baldios nas cidades.

Hábitos: Espécie diurna, associa-se em bandos de meia dúzia ou mais, que aumentam e diminuem periodicamente. Parece não migrar por ocasião do inverno, mas ocorrem deslocamentos devido ao fato de deixar os filhotes sozinhos após a criação e ao término da frutificação dos capinzais locais. Não possui conflitos com pássaros nacionais.

Alimentação: Herbívora, alimentando-se de gramíneas africanas introduzidas aqui para a formação de pastagens.

Reprodução: Deposita 3 ovos em ninho construído em arbustos fechados, de forma esférica ou oval, com paredes grossas feitas de capim, penas de galinha e algodão, acessível por um tubo estreito.

Na área da UFRA: Nos estudos realizados nas áreas da Usina São Francisco, esta espécie de ave foi encontrada apenas nas várzeas com herbáceas e nas matas nativas restauradas. Uma restrita distribuição espacial. Considerada pouco freqüente, pois seu registro de ocorrência foi de apenas 5 vezes.