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Autossuficiência energética

Um sistema neutro em emissões de gases do efeito estufa.

A Usina São Francisco é autossuficiente em produção de energia elétrica a partir da combustão do bagaço da cana. Caldeiras de alta eficiência garantem a queima limpa dessa biomassa, sem emissão de enxofre. As caldeiras produzem vapor, que é convertido nas energias térmica, mecânica e elétrica. O vapor movimenta um turbo gerador que atende às necessidades de energia elétrica da Usina.

Em junho de 1987, a Usina São Francisco comercializou, pela primeira vez no Brasil, um pequeno excedente de energia elétrica junto à rede de distribuição local, inaugurando o fornecimento à população de energia oriunda do bagaço de cana.

Em 2002, com a expansão da UTE Santo Antônio, a Bioenergia alcançou uma capacidade de produção de energia elétrica de 140 GWh/ano, dos quais 53 GWh/ano são consumidos no processo de moagem da cana-de-açúcar e 87 GWh/ano são comercializados.

A partir de 2010, com a expansão da capacidade da UTE São Francisco, a Bioenergia ampliou sua capacidade de produção para 218 GWh/ano e atingiu uma comercialização de 146 GWh/ano. A energia comercializada pela Bioenergia é suficiente para abastecer às necessidades de uma cidade com 476 mil habitantes.

A expansão do modelo de cogeração para outras usinas poderia atenuar o risco de blecaute do fornecimento de energia elétrica na região Nordeste do estado de São Paulo. A safra de cana-de-açúcar ocorre entre maio e novembro, período de estiagem, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas é baixo.

Além dessa vantagem estratégica, o sistema de cogeração de energia elétrica, a partir da combustão do bagaço da cana (combustível oriundo da biomassa), é neutro em emissão de gases do efeito estufa, em oposição à geração de energia em termelétricas movidas por combustíveis fósseis, as quais são altamente emissoras. O projeto de cogeração do Grupo Balbo, analisado e aprovado no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto, já propiciou a comercialização de créditos de carbono referentes a 143 mil toneladas, volume de emissões evitadas entre 2002 e 2010.

A agroindústria canavieira tem grande potencial nessa área, em ações como:

  1. Substituição do cultivo convencional pelo cultivo orgânico;
  2. Estabelecimento de ilhas de biodiversidade nos canaviais;
  3. Produção de álcool combustível (de origem não fóssil) e seus derivados;
  4. Cogeração de energia a partir do bagaço da cana;
  5. Substituição de açúcar de beterraba pelo açúcar da cana.

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), é um projeto desenvolvido pela Bioenergia Cogeradora S/A, empresa do Grupo Balbo, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, para a emissão de Certificados de Emissões Reduzidas - CERs, tendo como base as duas unidades de cogeração de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar, localizadas nas Usinas Santo Antônio S/A e São Francisco S/A, ambas no município de Sertãozinho, estado de São Paulo.

O consórcio técnico Climate Change Network - CCN, foi encarregado de elaborar o Projeto de MDL da Bioenergia, cuja documentação pode ser acessada através desse link, bem como imagens das usinas onde o projeto foi implantado.